sábado, 26 de dezembro de 2009

Sean e o pai embarcam para os Estados Unidos

24/12/2009 - 11h29

Do UOL Notícias*

Em São Paulo
Atualizada às 21h25

A família brasileira entregou na manhã desta quinta-feira (24) o menino Sean ao pai, David Goldman, no consulado norte-americano no centro do Rio de Janeiro em cumprimento a uma sentença em última instância do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seguida, pai e filho embarcaram para os Estados Unidos no aeroporto internacional Tom Jobim.

A família brasileira de Sean foi até o aeroporto para a despedida. Pai e filho devem ficar em Orlando, no Estado americano da Flórida, no Natal.

Pela manhã, Sean, de 9 anos, chegou ao consulado vestido com uma camiseta da seleção brasileira. A criança estava amparada pelo padrasto, João Paulo Lins e Silva, e pela avó, Silvana Bianchi.

A família brasileira do menino chegou antes das 9h, prazo final estabelecido pelo Tribunal Federal Regional do Rio de Janeiro para a entrega da criança ao pai.

Disputa encerrada

  • Silvia Izquierdo/AP

    Sean chega ao consulado dos EUA no Rio abraçado ao padrasto, João Paulo Lins e Silva

No momento da chegada da família, houve correria e confusão na entrada principal do consulado. O carro da família parou em uma avenida próxima e todos se dirigiram a pé, por 200 metros, até o prédio da representação norte-americana.

O consulado americano ofereceu à família brasileira acesso pela garagem, mas a família optou por entrar pela porta principal, onde jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas estavam posicionados. Policiais tiveram dificuldade para controlar jornalistas e curiosos que se amontoavam no local.

Entenda a polêmica sobre o caso Sean

  • Felipe Dana/AP

    O pai de Sean, David Goldman, chegou ao Rio de Janeiro para reencontrar o filho na quinta-feira (17). O americano lutou pela guarda do menino, que foi trazido para o Brasil pela mãe e, depois da morte dela, ficou com a família brasileira

De acordo com Sérgio Tostes, advogado da família brasileira, Sean e David retornaram para os Estados Unidos em um voo fretado. "Tentamos de todas as maneiras que a avó acompanhasse o menino no voo, mas o governo americano negou. E o governo brasileiro aceitou", criticou o advogado, ao deixar a casa de Silvana, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro.

A entrega do menino ocorre após decisão do presidente do STF cassar a liminar que permitia a permanência da criança no Brasil.

Luta desde 2004
Goldman lutava pela custódia do filho desde 2004, quando a brasileira Bruna Bianchi, sua então esposa e mãe de Sean, trouxe o menino dos EUA, onde a família vivia, para o Brasil. Uma vez aqui, ela se divorciou de Goldman. Em 2008, Bruna morreu.

Goldman e o governo norte-americano dizem que, sob a Convenção de Haia para a proteção de crianças, assinada por ambos os países, o caso de Sean configura sequestro infantil internacional.

O norte-americano voltou ao Brasil na semana passada escoltado por parlamentares do seu Estado, Nova Jersey. Desde 2004, ele só viu Sean em rápidas visitas.

"Eu estava com David quando ele recebeu a notícia dos seus advogados. Ele abriu um sorrisão e estava muito feliz", disse o deputado Chris Smith a jornalistas na noite de terça-feira.

A família de Bruna Bianchi e o segundo marido dela lutaram para manter o menino no Brasil, alegando que ele havia criado raízes aqui e não queria voltar para os EUA. "O Sean está muito triste, ele estava esperando que ele pudesse manifestar a vontade dele", disse sua avó materna, Silvana Bianchi, a jornalistas. "A criança não é um pacote que você despacha de um país para o outro".

"Um ministro do Supremo cassa o direito de uma criança de se manifestar e faz um acordo econômico com essa criança. Essa criança vai pra lá, não fala nada, fica caladinha e a gente assina", acrescentou ela, afirmando que os interesses econômicos do Brasil falaram mais alto que as vontades do seu neto.

Em resposta à decisão do STF, o Senado dos EUA aprovou imediatamente, ainda na noite de terça-feira, a lei comercial que prorroga benefícios alfandegários de bilhões de dólares para algumas exportações brasileiras. O senador Frank Lautenberg, de Nova Jersey, havia obstruído a votação como forma de protesto.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, também interveio no caso para pressionar o governo brasileiro a entregar Sean ao pai.

*Com informações da Jovem Pan, da Agência Estado e da Reuters

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